Curiosidades e fatos sobre barbas ao longo da história
Mario, quadrinhos, cinema, rock'n roll, padres, a barba dos piratas, dos homens das cavernas, a sua barba também
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Se um sujeito desavisado aterrissasse direto dos anos 90 em um dos bairros criativos, boêmios e de classe média de uma grande cidade nos dias de hoje – seja ela São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Iorque, Londres ou Berlim – poderia acreditar que a barba foi inventada na última semana, tamanho o fervor com que os pelos faciais têm sido cultivados.
Pois a barba não nasceu ontem, meu caro. A ideia de que ter pêlos no rosto pode ser sinônimo de virilidade, sabedoria, credibilidade ou canal de expressão para a beleza masculina já atravessou mares e montanhas através dos séculos e das tendências de moda.
Duvida? Confira essa lista com curiosidades e fatos sobre barbas ao longo da história.
É Pau, é pedra
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Se você costuma se cortar com a navalha ao aparar os pêlos, não reclame de barriga cheia. Acredita-se que os primeiros homens a raspar a barba, cerca de 30 mil anos atrás, usavam lascas de pedras afiadas para fazê-lo.
Teoria da evolução
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Diversos biólogos acreditam que os pêlos exerceram, historicamente, um papel natural no processo seleção sexual. Charles Darwin, pai da teoria da evolução e dono de uma senhora barba, acreditava que elas funcionavam como um importante indicador de maturidade sexual.
A barba nos campos de batalha
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Na Grécia antiga cultivar barba era um sinal de status, força, coragem e sabedoria – os espartanos, por exemplo, raspavam o rosto daqueles que consideravam covardes. Tudo corria bem até Alexandre, o Grande, a quem se atribui a "culpa" pelo fim da cultura barbada após essas civilizações. O macedônio proibiu os pêlos de seus comandados por que acreditava que a barba significava um ponto fraco em combate corpo a corpo.
Sem barba, sem sexo
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Na Idade Média a barba voltou a significar virilidade e honra entre os nobres enquanto a cara limpa dos clérigos da igreja Católica era considerada um sinônimo de celibato.
Ou seja: sem barba, sem sexo.
Os piratas e as colônias de rum
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No século XVI, os marinheiros misturavam rum e bay (uma espécie de folha de louro, orignária das Índias Orientais) para criar uma colônia. E se era importante ficar cheiroso ao atracar em um porto ou outro, essa mistura ganhou outra função séculos depois, quando assumiu a função de loção pós-barba.
De acordo com a Barbearia Cavalera, que criou um produto à imagem e semelhança da criação, o rum possui propriedades cicatrizantes e o louro entrega aroma. Juntos, são úteis para fechar os poros, absorver a oleosidade e revitalizar a pele.
Machado de Assis e amor à barba
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Mais respeitado escritor brasileiro de todos os tempos, Machado de Assis não abria mão da sua distinta barba. Ele também não se furtava a escrever sobre o imaginário que cerca os pêlos. No romance Esaú e Jacó, penúltimo que publicou, há esta passagem:
“– Nasci no dia em que Pedro I caiu do trono.
Natividade repreendeu a Paulo a sua resposta subversiva. Paulo explicou-se, Pedro contestou a explicação e deu outra, e a sala viraria clube se a mãe não os acomodasse por esta maneira:
– Isto hão de ser grupos de colégio; vocês não estão em idade de falar em política. Quando tiverem barbas.”
O imposto da barba
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Você provavelmente já ouviu falar que o Brasil possui uma das maiores taxas de impostos do mundo. Pois agradeça por ninguém ter tido a brilhante ideia de recriar as "taxas de barba" por aqui. Em 1535 o rei britânico Henrique VIII criou um imposto sobre pêlos que variava de acordo com a posição social do indivíduo. Algum tempo depois sua filha, Elizabeth I, recriou a taxa. Dessa vez, todos os donos de barbas com mais de duas semanas de crescimento precisavam entregar uma graninha à coroa.
Algo semelhante aconteceu na Rússia de Pedro I, que queria modernizar a sociedade que governava com padrões da Europa Ocidental. Os contribuintes deviam carregar uma insígnia que dizia “a taxa da barba já foi paga” (custava 100 rublos) e “a barba é um fardo supérfluo”.
It's me, Mario!
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Bigodudo mais famoso dos videogames, o encanador Mário deve seu bigode aos limites gráficos dos videogames de outrora.
Segundo seu criador ele desenvolveu a marca registrada do personagem porque o bigode deixava mais fácil enxergar o nariz do personagem nos games de 8 bits.
Nada melhor para fechar nosso passeio pela história da barba com esse ícone dos vídeos games. Pois é galera até é o Mário faz parte rs!!!
Enfim, a história da barba é mais longa do que possamos imaginar, mas uma coisa é certa, pode passar o tempo que for, ela sempre estará presente e sempre terá adeptos pelo mundo todo.
Forte Abraço!!!
Flávio Dias